quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Coisas do arco-da-velha

                             (arco celeste pela manhã, mal do pobre que não tem pão e ovelha que não tem lã)


Coisas do arco-da-velha são, genericamente, coisas mirabolantes. Como também histórias do arco-da-velha. A origem está, muito provavelmente, no Antigo testamento: arco-da-velha, arco-celeste ou apenas arco-íris foi o sinal do pacto que Deus fez com Noé: 'Estando o arco nas nuvens, Eu ao vê-lo  recordar-Me-ei da aliança eterna concluída entre Deus e todos os seres vivos de toda a espécie que há na terra' (Génesis 9:16). Também se considera que o Arco-da-Velha é uma simplificação de Arco da Lei Velha, uma referência à lei Divina. Afora estas conotações religiosas, o arco-da-velha (associado à fada ou à feiticeira) é o arco-íris. A crença mais popular que se estende a várias regiões e, até, a vários países, supõe que o arco-íris tira a água de um lugar para a despejar noutro lugar. Há também quem, mais ambicioso, ache que as pontas do arco assentam sobre o local secreto onde um pote de moedas de ouro foi enterrado.
Os poetas, esses dizem que o arco-íris é apenas a fita que a Natureza põe na cabeça depois de lavar os cabelos...

In: COISAS DO ARCO-DA-VELHA, Sem perguntas, Só respostas, de Jorge Esteves, página 59.



Excerto do livro de Jorge Esteves, nosso companheiro da blogosfera, lançado em 27 de Outubro último, na Biblioteca Municipal do Porto e no dia seguinte, 28, na Biblioteca Municipal de Viana do Castelo. No próximo dia 9 terá lugar o lançamento em Lisboa.

Na contracapa lê-se: COISAS DO ARCO-DA-VELHA é o resultado de uma pesquisa orientada pelo amor à Língua Portuguesa e ânsia de conhecimento do autor que nos conduz a viagens no tempo, num retrocesso até às origens, ou possíveis origens, de cerca de 320 aforismos comummente usados neste nosso idioma. (...)
Esta é uma obra de leitura aprazível, destinada a um leque amplo de leitores; interessa ao cidadão comum, aos jovens estudantes, aos estudiosos de todas as idades e, seguramente, aos que têm a Língua Portuguesa como ferramenta de trabalho.

Da minha parte, devo dizer que ler o "Coisas do arco-da-da velha" vem confirmar a minha admiração pela forma como Jorge Esteves transforma a escrita numa arte.

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Obra referenciada: COISAS DO ARCO-DA-VELHA - Sem perguntas, Só respostas - Jorge Esteves - Ed. Perfil Criativo - WWW. AUTORES.CLUB 

4 comentários:

  1. espero amanhã poder dar um abraço ao meu amigo Jorge Esteves
    sou admirador da sua escrita e dos seus há uns bons anos!

    abraço

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  2. Muito bem, Manuel Veiga. Queira ser o portador de um abraço da minha parte para Jorge Esteves.

    Obrigada.

    Olinda

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  3. Os arcos de majestade
    Que nos coroam vida,
    Tem a sorte subida
    De mostrarem a verdade
    Da água que anda fugida.

    Um Pote de Ouro para ti e para este trabalho.

    Beijo
    SOL

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  4. O tema, só por si, já me leva a achar o livro muito interessante!
    Beijinhos e bom domingo de chuva!

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